quinta-feira, 26 de abril de 2012

Valores invertidos - Por Kátia Cleone Neves.

Nossa vida moderna nos mergulha muitas vezes em um ritmo febril: pressões, preocupações e lutas constantes para conservar o que temos, para progredir, para alcançar o sucesso.

Isso pode nos fazer esquecer quem somos e talvez deixarmos de apreciar o mundo que nos rodeia: o canto dos pássaros, a cor do céu em um radiante dia de verão, uma flor, um abraço, um afetuoso bom dia.

É triste perceber que na sociedade contemporânea é dado mais valor as coisas do que as pessoas. Vale mais o ter do que o ser.

Lembro com saudades do meu tempo de criança, enquanto brincávamos despreocupados, nossos pais conversavam com os vizinhos no portão, riam, se ajudavam. Hoje os relacionamentos são superficiais, construímos cercas que separam, quando deveríamos construir pontes que aproximam.



Infelizmente essa inversão é visível também no contexto religioso, muitas igrejas esqueceram seu papel, sua missão, as mensagens pregadas glorificam o homem, e aquilo que ele possui: casa, carros, posição, esquecem do Ser: ser... Sal da terra; ser... Luz do mundo; ser... Imitador de Cristo, ser... Servo.

Até mesmo em seu relacionamento com Deus, muitos têm invertido os valores, agora muitos acreditam que o Deus todo Poderoso virou um simples gênio da lâmpada, então é só ordenar, determinar, profetizar que ele tem a obrigação de sair correndo para realizar. O SENHOR dos Senhores, virou servo e tem que obedecer a determinação dos meros mortais.

Precisamos com urgência recordar o essencial: Quem somos? Qual a nossa missão? Onde está a nossa verdadeira riqueza?

É necessário tirar os olhos e o coração daquilo que é passageiro, efêmero, temporal, e olhar para aquilo que é eterno. Precisamos conhecer o nosso Deus por aquilo que ele revela dele mesmo em sua Palavra.

E então com o coração e a mente focalizados em Deus, e com metas essenciais em foco, chegaremos em fim ao final do caminho, e concluiremos alegres que nada se compara com o que Deus tem preparado para aqueles que são fieis.

Felizes vamos concluir que valeu a pena perseverar fiel até o fim.







quinta-feira, 19 de abril de 2012

Paz. Um presente de Deus para você! - Por Kátia Cleone Neves.

Vivemos em um mundo cheio de aflições. Porém diante das circunstâncias da vida não devemos desanimar ou perder a fé. Deus deseja comunicar através do seu Santo Espírito a sua Paz aos nossos corações.

A paz de Deus não é uma negação da realidade, é a capacidade que Ele nos dá de enfrentarmos a realidade com a nossa fé, também não é uma fuga da situação real que nos envolve, mas a capacidade de enfrentar a situação alicerçados na Rocha Firme que é Jesus.

Esta paz que excede todo o entendimento é caracterizada pela segurança que sentimos em nosso íntimo, que a despeito da dor, das angustias, das lágrimas, das perdas e decepções, sabemos bem lá no âmago do nosso ser que Deus está no controle.


A paz que nos é dada por Deus é algo que não precisamos necessariamente entender. Nem sempre vamos conseguir entender como ela opera em nossas vidas. Mas precisamos ter firme em nossa mente que ela está disponível a nos por meio da fé, e isto vai muito além da nossa capacidade de compreendê-la. É graça, amor, misericórdia, ou seja, são dádivas ofertadas a mim e a você por um Deus de amor.

A paz de Deus deve ser um estado de espírito permanente. Os problemas vão chegar e muitas vezes podem nos pegar desprevenidos, nossa resposta imediata pode ser o pânico, a ansiedade e o medo. A figura da paz, no entanto, nos dá rapidamente uma força que cresce em nosso interior.

Essa força que recebemos é a atuação do Espírito Santo em nossas vidas, comunicando sua paz ao nosso coração, e assegurando-nos que Ele está conosco, que não vamos passar pelo vale sozinhos, mas bem seguros por suas firmes e poderosas mãos.

Como servos de Deus não estamos imunes as circunstancias difíceis da vida, mas temos a promessa de Deus em sua Palavra que o Espírito Santo estará sempre presente para nos ajudar, desta forma os problemas que nos sobrevierem não irão nos arrancar de nossas bases ou nos lançar em um redemoinho, ele será apenas um vale em nossa vida, que vamos atravessar, pois nosso amado consolador está nos guiando pelo caminho.


O desejo do amável coração do Pai, é que eu e você possamos viver seguros em seu cuidado e proteção. Que possamos crer em sua Soberania e assim descansar.

A paz profunda, genuína, dada por Deus deve ser o padrão no qual devemos viver nosso cotidiano, e os períodos de ansiedade e frustrações apenas os vales que ocasionalmente nos atingem em tempos de crise. O padrão desejado por Deus para você é um coração ancorado na Paz.

Então receba este maravilhoso presente de Deus para você:


PAZ!
















sábado, 7 de abril de 2012

A honra ao próximo - Por: Kátia Cleone Neves.


Não dirás falso testemunho (ÊX 20. 16; Dt 5.20)



Tratando dos relacionamentos interpessoais, vamos comentar sobre o nono mandamento que nos adverte quanto à honra do próximo. Conforme (REIFLER, 2009, p. 219)

A proteção da honra humana é fundamental para a convivência social de qualquer comunidade ou nação. Nenhum homem deseja que sua reputação ou o bom nome de sua família sejam atingidos. A honra talvez seja a parte mais sensível do ser humano.


Fazer uma falsa acusação é o mesmo que mentir, e a mentira é fortemente condenada na palavra de Deus. O diabo é chamado de pai da mentira, fica evidente então que aqueles que amam e praticam a mentira são seus filhos.

Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e o pai da mentira (BÍBLIA, Jo 8.44).



Satanás arruinou ao primeiro casal com uma pergunta falsa “Será que Deus disse?” (BÍBLIA, Gn 3.1). Não dizer falso testemunho inclui também: não espalhar notícias falsas, “Não admitirás falso rumor e não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa” (BÍBLIA, Êx 23.1). Não espalhar mexericos, “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo” (BÍBLIA, Lv 19.16). Não usar de falsidade e fraude para com o próximo. “[...] nem mentires, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo” (BÍBLIA, Lv 19.11).



A mentira às vezes pode vir disfarçada de lisonjas, isto ocorre quando um aluno bajula seu professor para obter melhores notas, o funcionário elogia seu chefe visando uma promoção, o membro enche o ego do pastor esperando um cargo ministerial, etc. “a mentira também pode envolver o uso de palavras lisonjeiras que têm como intenção conseguir algum benefício de uma pessoa” (PALLISTER, 2005, p. 238).



Negligenciar a correção de uma falsa impressão é também uma forma de compactuar com a mentira. Interessante que a falsa impressão é rapidamente corrigida se ela for negativa, porém é fácil cair no erro e aceitar elogios que na verdade pertence à outra pessoa. Segundo (KEMP, 2001, p. 141) “Precisamos aprender a nos aceitar como somos e não pretendermos ser algo ou alguém diferente, porque isso nos precipita à mentira”. Nesta situação a pessoa não mente só para o próximo, mas para si mesma.



O profeta Jeremias denunciou em seu tempo outra forma de transgressão ao nono mandamento, as mentiras proferidas como verdades por alguns religiosos da época. “[...] desde o profeta até ao sacerdote, cada um deles usa de falsidade. E curam a ferida da filha de meu povo levianamente, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (BÍBLIA, Jr 8. 10,11). Estes profetas eram “falsos e mentirosos”, pois não transmitiam a palavra do Senhor, visto ser esta bastante dura naquele momento, antes preferiam falar o que o povo gostava de ouvir. Eles diziam “assim diz o Senhor” quando na verdade Deus nada tinha dito.



Infelizmente esta é uma característica da sociedade contemporânea, muitos pregadores hoje não falam a verdade da palavra de Deus, temas como: pecado, inferno, arrependimento, negar-se a si mesmo, são frequentemente substituído por meias verdades: Deus só quer o seu coração (ele quer o seu coração e todo o seu ser - 1Ts 5.23), determina que Deus realize para você (Deus não é o gênio da lâmpada, porém se pedirmos em oração conforme a vontade do Pai Ele nós concede – 1Jo 5.14) o cristão nunca fica doente (o que dizer de Paulo, Timóteo, a sogra de Pedro? – Mc 1.29-31), o cristão não pode ser pobre (porque então Jesus não nasceu em um palácio, e sim numa manjedoura? – Rm 15.26).



De acordo com (PALLISTER, 2005, p. 239) “O manter silêncio ou fugir ao assunto quando sabemos que há verdades menos atraentes que precisam ser anunciadas é uma forma óbvia de mentira”. O apóstolo Paulo já no Novo Testamento, afirmava que não pregava o que o povo gostaria de ouvir, e sim aquilo que Deus lhe ordenava.

Pois a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia em dolo; pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração. A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha. (BÍBLIA, 1 Ts 2.2-5).



Jesus Cristo não somente ensinou a verdade, mas Ele mesmo é a verdade. “E disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (BÍBLIA, Jo 14.6). O apóstolo Paulo de igual forma também ensinou os cristãos a andarem na verdade “Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo” (BÍBLIA, Ef 4.25). O Novo Testamento nos ensina a falar a verdade em amor, ou seja, devemos saber como falar, e em que momento falar. “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibas como convém responder a cada um” (BÍBLIA, Cl 4.6).



Tomando por base o que foi dito por Kemp (2001), devemos procurar andar em sinceridade diante de Deus e dos homens. Devemos evitar:

Ø  O engano - não devemos criar uma impressão ao nosso respeito que não corresponde à verdade. “Senhor livra-me dos lábios mentirosos, da língua enganadora” (BÍBLIA, Sl 120.2).

Ø  A lisonja – elogiar alguém sem sinceridade. “Corte SENHOR todos os lábios bajuladores, a língua que fala soberbamente” (BÍBLIA, Sl 12.3).

Ø  O dolo – tratar uma pessoa de certa forma, com segundas intenções. “Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo” (BÍBLIA, Sl 32.2).

Ø  O exagero – aumentar alguma coisa para torná-la mais interessante. “São justas todas as palavras da minha boca; não há nelas nenhuma coisa torta, nem perversa” (BÍBLIA, Pv 8.8).

Ø  A mentira – enganar, falsificar, ludibriar com a intenção de ferir ou tirar proveito de alguém. “Os lábios mentirosos são abominação ao SENHOR, mas os que agem fielmente são o seu prazer” (BÍBLIA, Pv 12.22).

Ø  A hipocrisia – elogiar a pessoa pela frente, e falar mal dela pelas costas. “Como vaso de barro coberto de escórias de prata, assim são os lábios amorosos e o coração maligno” (BÍBLIA, Pv 26.23).



Jesus Cristo no Sermão do monte deixou-nos as seguintes palavras: “Seja, porém, a tua palavra; Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (BÍBLIA, Mt 5.37).


terça-feira, 3 de abril de 2012

Vamos Conversar? Por Kátia Cleone Neves.

São poucas as pessoas que tem uma boa comunicação, na maioria dos casos conversar pode ser uma tarefa bastante difícil.


Por isso precisamos aprender a estimular a comunicação. Assim como o amor precisa ser cultivado, a comunicação interpessoal precisa ser aprimorada.


Muitos problemas seriam mais facilmente resolvidos se estivessemos dispostos a conversar abertamente sobre nossos conflitos, anseios, frustrações, desejos e sentimentos...


A comunicação é bilateral, pois tem a participação daquele que fala e daquele que escuta. Salomão escreveu: "A palavra dita a seu tempo qual boa ela é" Pv 25.11.

Aquele que fala deve falar as palavras certas, no tom certo e no lugar certo. Muitas vezes queremos dizer tudo o que nos vem a mente sem refletir-mos, e ainda nos julgamos sinceros, mais esta sinceridade pode se tornar grosseria, ferindo profundamente o ouvinte.


A Palavra de Deus nós diz que na nossa língua está o poder de vida e de morte. Com a nossa boca podemos contribuir para a edificação dos nossos relacionamentos: Conjugal, pais e filhos, amigos, irmãos em cristo, enfim todos os relacionamentos interpessoais; ou podemos matá-lo.


Também é preciso aprender-mos a ouvir. Ouvir é muito mais do que escutar o que o outro está falando, é mostrar-se interessado.


Muitas pessoas reclamam que em seu relacionamento conjugal não são ouvidas, não recebem atenção quando estão falando, isso machuca, faz a pessoa se sentir menosprezada como se o que estivesse para compartilhar fosse insignificante.


Daí surgem as barreiras, e fica ainda mais difícil conversar sobre assuntos mais importantes como por exemplo, os sentimentos com relação a vida sexual.

 

As pessoas criam barreiras defensivas que devem ser ultrapassadas, se não levar-mos em conta estas dificuldades a comunicação permanecerá truncada.


Comece a exercitar a comunicação, valorize as pessoas que convivem com você. Pergunte como ela se sente, desejando verdadeiramente ouvir o que ela tem a dizer, elogie, incentive suas atividades espirituais, valorize e compartilhe dos seus sonhos...

 

Ver como o outro vê, e sentir o que o outro sente, é o grande segredo que quebra as barreiras do tempo, da linguagem e dos sentimentos.


Devemos pedir a Deus sabedoria para solidificar os alicerces dos nossos relacionamentos interpessoais.


Lembre-se:

É bom falar, mais é ainda melhor ouvir.

Aprenda a ouvir com o coração aberto e a mente desarmada.

Invista nos seus relacionamentos interpessoais.

Faça a sua parte e com toda certeza Deus fará a Dele!

domingo, 1 de abril de 2012

O amor de Deus - Por Kátia Cleone Neves.


Este é sem dúvida o amor mais enigmático de todos os tempos.
Por mais que eu pense, não consigo entender.
Porque eu?
Porque me amou tanto assim?



Fico a imaginá-lo no seu trono de glória contemplando a terra, e um amor que transcende todo o entendimento explode incontrolável por todo o seu ser.
Um amor sem limites...
Sem cobranças...
Amor verdadeiro!
Que sofre...
Espera...
Se doa...
E foi o que Ele fez, se doou, inteiramente!
Dando-nos o que de mais precioso Ele tinha: seu único filho!

Por mim!
O Deus de amor...
Enquanto percorria em suas majestosa roupagem de glória resolveu parar.
E assim um dia Ele desceu...
E pelo caminho se despia.
Para me redimir, me resgatar.
Quando volto os olhos para o preço que Ele pagou.
O Calvário...
A cruz...
Seu próprio sangue!
Um pensamento explode dentro de mim...
Como poderei não amar, alguém que me amou tanto assim?