terça-feira, 4 de novembro de 2014

Você não está sozinho nessa jornada. Por Kátia Cleone Neves


Lá estava ela, sentada, olhando com um semblante nostálgico a paisagem ao seu redor.
As árvores balançavam embaladas pelo vento, ouvia o doce cantar dos pássaros, um ar gelado batia em sua face vermelha pelo frio característico da serra.
 
Algumas pessoas falavam ao seu redor, mas ela não compreendia as palavras, pois estava por demais perdida em seus próprios pensamentos...
 Mais um dia acabara de começar... O que a aguardava? Quais seriam os desafios, as escolhas, as renuncias que teria que fazer?
 
A vida se apresentava novamente misteriosa, repleta de complexidade, era para ela como uma estrada repleta de portas, mas o que tinha por detrás destas portas?
 Era difícil dizer, na verdade tudo só seria revelado na medida em que elas fossem sendo abertas...
De repente ela percebeu algo importante...
 A despeito da complexidade da vida, dos mistérios encontrados em cada esquina da estrada, das escolhas que tem que ser tomadas durante a jornada, ela não precisava se afligir.
Pois, não estava sozinha, não precisava arcar com todo o peso das decisões, ela estava segura, amparada...

 Lembrou-se do seu Deus, Ele estava guiando, direcionando, ensinando em cada passo, então para que temer?
 A vida é incerta, mas ela podia confiar que o seu Deus onipresente estava no controle, na verdade Ele já estava no futuro, conhecia cada momento, cada situação, cada obstáculo, cada realidade por detrás das portas...
Um vento forte bateu novamente em sua face...

Ela sorriu, não estava mais aflita...

Compreendeu que não estava sozinha, tinha em quem confiar e Ele estaria presente em cada passo dessa jornada.
 
 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

RELEVÂNCIA, NECESSIDADE E DEFINIÇÃO DA TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO. Por: Kátia Cleone Neves


Estamos vivendo um tempo em que o relativismo religioso tem se proliferado, igrejas são abertas todos os dias, e surgem inúmeros “pregadores” anunciando uma mensagem que dizem ser a mensagem de Deus.

As pessoas caminham de um lado para o outro, ávidas por algo que supra as suas necessidades de forma pronta, imediata, pois esta é uma das características dessa sociedade pós-moderna, o imediatismo, o aqui e agora.

Diante deste contexto de pessoas vazias e da procura imediata por soluções, vemos crescer assombrosamente o “mercado da fé”.  Venha e sirva-se, nossa igreja tem o que você quiser! Esta é uma realidade, uma triste realidade, e aqueles que verdadeiramente amam a Deus e a sua palavra muitas vezes se veem impotentes, o que fazer?

Podemos encontrar o caminho nas palavras de Jesus “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8.32). O conhecimento da doutrina cristã é essencial para a plena libertação do homem. Destarte urge a necessidade de dar ao ensino neotestamentário o lugar de preeminência na pregação e no funcionamento das igrejas contemporâneas. Precisamos ter bem claro o fundamento basilar da nossa fé.

Observamos dia a dia desvios doutrinários, heresias sendo introduzida no meio evangélico, transvestidas de verdade, de adaptação à era em que estamos vivendo. É diante deste contexto que percebemos a importância do estudo da Teologia do Novo Testamento, pois ela afastará o cristão dos prejuízos gerados pelos modelos teológicos modernos, entre os quais se encontra a teologia da prosperidade, a confissão positiva, a teologia do processo e o teísmo aberto.

Antes, porém de se expor com mais exatidão a importância da Teologia do Novo Testamento é importante construir uma definição. Segundo (Granconato, 2014, p 15)

Teologia do Novo Testamento é o arranjo ordenado das doutrinas reveladas ou reafirmadas por Deus no século I, detectadas nos escritos neotestamentários e usadas como fundamento singular e intocável na construção do pensamento, da ética e do padrão funcional da igreja cristã autentica.

Embora outras definições possam ser encontradas essa nos mostra de forma mais profunda sua relevância dentro do contexto contemporâneo.

O evangelicalismo brasileiro tem suas características e algumas delas bem preocupantes, muitos lideres acreditam que para manter os fieis interessados na igreja é necessário introduzir novidades, novas formas de sentir Deus, de experimentar o transcendente, assim não raro a ênfase é colocada na experiência pessoal, mística, em detrimento da revelação bíblica.

Geralmente tais inovações têm surgido nos Estados Unidos e importadas pelo Brasil, uma dessas importações ocorreu na década de 80 intitulada de “Teologia da prosperidade” embora pareça recente ela surgiu em 1867 com os ensinamentos de Essek Willian Kenyon que cunhou a expressão “O que eu confesso, eu possuo”.

Mas, quem ficou conhecido como pai dessa teologia foi Kenneth Hagin, em 1934 ele começou seu ministério como pregador batista e depois de três anos se associou aos pentecostais, ele dizia ter recebido um unção divina para ser mestre e profeta, segundo ele seus ensinamentos foram transmitidos pelo próprio Deus mediante revelação especial. No Brasil essa teologia ganhou força nas reuniões da Adhonep e nas cruzadas de Benny Hinn.

Basicamente a teologia da prosperidade assegura aos crentes riquezas materiais, saúde física, vitorias sobre os demônios e maldiçoes, anexa a essa teologia está a doutrina da confissão positiva que prega a vitoria sobre as vicissitudes da vida por meio das frases que pronuncia, palavras de ordem ou reprimenda: “Eu determino” “Eu não aceito” “Eu repreendo” “Eu ordeno” etc.

Apesar da mensagem que a teologia da prosperidade apregoa não ser encontrada na Bíblia ela oferece tudo o que os homens anelam e desta forma tem grande sucesso no Brasil e no mundo. O sucesso desta teologia prejudicial no Brasil comprovam a necessidade urgente de um retorno da igreja à teologia do Novo Testamento. A pureza do evangelho é o único antídoto contra a supertição e a fraude religiosa.

Conhecer a Teologia do Novo Testamento levará o cristão a fugir também da teologia do processo cujo modelo doutrinário mostra um Deus que não é eterno, onisciente e muito menos imutável. Para os teólogos do processo Deus não realiza intervenções sobrenaturais na história nem conhece o futuro, pois este depende das decisões livres dos indivíduos.

O teísmo aberto ensina que sendo o homem verdadeiramente livre, isso impede que Deus exerça controle sobre o universo, pois não pode interferir nas escolhas humanas, desta forma Deus limita sua soberania e assim se abre a fim de garantir o exercício do livre-arbítrio humano em toda a sua plenitude.

Segundo (Granconato, 2014. P19)

A diferença entre a teologia do processo e o teísmo aberto, presentes também no Brasil, parece estar apenas em seu ponto de partida. A primeira tira as rédeas da história das mãos de Deus partindo de uma concepção que o insere numa rede de relacionamentos dentro da qual a própria divindade sofre mudanças fatais e só é capaz de fazer tentativas de intervenção no destino do universo. A segunda reduz a soberania divina partindo de uma tônica inflexível sobre a liberdade humana, tendo-a como intocável. Em ambos os casos, a vontade pessoal de Deus deve ceder diante das decisões humanas. Assim, é Deus quem diz ao homem: “Seja feita a sua vontade”.


Quais os instrumentos que o cristão pode utilizar para fazer oposição a esses ensinos? Como resistir a essas filosofias transvestidas de verdades bíblicas? Salientamos que somente a instrução que emana das sagradas escrituras poderá livrar o cristão de cair nos devaneios da vã sabedoria humana.


 Estudando o Novo Testamento, o cristão rejeitará a teologia do processo, aprendendo que Deus é transcendente, distinto do universo que criou, situando-se infinitamente acima dele (At17.24; Ef 1.21-22; Ap 3.14; 4.11). Descobrirá que o Senhor não é imutável somente em seu caráter e anseios, mas também em suas decisões e na forma como administra sua graça (Tg 1.17). Além disso, descobrirá ainda que a vontade de Deus é soberana, não podendo jamais ser resistida (Rm 9.19-21; Ef 1.11); que seu conhecimento do futuro é pleno e certo (Mt 24.2; Lc 17.30-31; 2Ts 2.1-12; Ap 1.19), visto que o amanhã foi escrito e determinado por ele (At 4.27-28). E mais: o estudioso da teologia cristã autêntica encontrará a verdade de que Deus não somente interfere na história das pessoas dando-lhe o rumo que bem entende (At 17.26), mas que ele também altera a vontade dos homens, endurecendo ou quebrantando o coração de quem quer (Jo 6.65; At 16.14; Rm 9.18; Ef 2.13). Ao final, esse estudante fatalmente concordará, sem reservas, com a famosa distinção que Blaise Pascal (1623-1662) fez em seu Memorial: “Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó e não dos filósofos e dos sábios...”. (Granconato, 2014. P20)


Como podemos observar o mosaico do engano doutrinário é diversificado, comprovando a importância de um retorno as sagradas escrituras, a igreja precisa voltar-se com mais dedicação a Teologia do novo testamento, e reconhecer sua relevância e necessidade dentro do contexto social e religioso contemporâneo.



REFERÊNCIAS


GRANCONATO, Marcos. Fundamentos da Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão2014. 216p.

SAGRADA, Bíblia de estudo pentecostal. Estados Unidos: CPAD, 1995. 2030p.





                                                    

terça-feira, 9 de abril de 2013

PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA OS RELACIONAMENTOS. Por - Kátia Cleone Neves.

Qual é o princípio básico de Deus para os relacionamentos?

Jesus o resumiu para nós: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.” Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo semelhante a este é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mt 22.37-40).

Este é o princípio básico para todos os relacionamentos, devemos amar a Deus de todo o nosso ser e amar o próximo assim como nos amamos. Deus, os outros e nós mesmos, é simples assim.

É este o fundamento do evangelho, é nisto que consiste o cristianismo (1Jo 4.7-8).

Se amarmos a Deus e deixamos de fora o amor ao nosso próximo, nos tornamos místicos. Jesus nos disse que não podemos amar a Deus e odiar nosso irmão. Os dois estão ligados. Por outro lado, se amarmos nosso próximo e deixarmos de lado o amor a Deus, somos humanistas.

 Como seguidores de Cristo devemos obedecer a suas ordens: Deus, os outros, nós mesmos.

Deus é um Ser amoroso, gentil, misericordioso. Ele é um Ser que quer desfrutar de um relacionamento com cada um de nós, e deseja que cada um dos seus filhos desfrute de um relacionamento saudável uns com os outros.

 Na verdade vai além do simples querer: Ele nos ordena que O amemos, e que amemos uns aos outros. O amor é o cerne do cristianismo (1 Co 13.1-3). De acordo com o apóstolo Paulo, podemos ser um mártir, um teólogo brilhante, até mesmo operar milagres, mas se não tivermos amor, nada somos.

 Quando nos damos bem com o outro, quando nos honramos, servimos e acolhemos uns aos outros, estamos na verdade, honrando e servindo a Deus. Esta é uma verdade poderosa, cada um de nós deve pensar seriamente sobre isto.

 O maior problema nos relacionamentos é achar que somos mais do que realmente somos, todos os problemas de relacionamentos sejam entre casais, amigos, grupos de jovens ou igreja, parte daí. Se você tem um problema no seu relacionamento, verifique e você verá que a base do problema é que alguém por se considerar maior, no direito da sua razão, feriu o seu próximo com suas palavras ou atitudes.

Mas então qual é a solução? Qual o antídoto para o orgulho?

É fazer uma avaliação correta a luz das escrituras.

1º: É reconhecer quem e o que realmente somos.

2º: É andarmos na verdade de quem somos.

3º: Quem são as outras pessoas?

4º: Quem Deus é?

Um relacionamento adequado com qualquer pessoa neste planeta é uma questão de humildade. Podemos não concordar com tudo o que a outra pessoa diz, pensa ou faz, mas devemos reconhecer que Deus nos chamou para valorizar, cuidar, amar e acolher aquela pessoa, o meu próximo, filho do meu e teu Pai de amor.

Se quisermos alcançar a unidade em nossos relacionamentos, precisamos basea-lo na humildade. Precisamos querer dizer “me desculpe”, desejando superar o outro em perdão, gentileza e serviço.
                                 

 Há ainda outro problema que impede o bom relacionamento com as outras pessoas, nossa incapacidade de apreciar as diferenças nos outros (Rm 12.4-6). Falamos que as pessoas são esquisitas e estranhas. Mas deixe-me definir esquisito. Esquisito é tudo aquilo significativamente diferente de mim.

 Qualquer música diferente daquela que eu aprecio é esquisita, qualquer comida diferente daquela que eu gosto é esquisita, qualquer costume diferente daquele que estou habituada é esquisito. Achamos estranho tudo o que não é exatamente de acordo com o modo como fazemos as coisas.

 Por outro lado, todos são inspirados porque Deus é o criador de abundante variedade. Ele nos deu todos os tipos de flores de todas as cores. Ele fez borboletas e insetos, amebas e elefantes, Ele criou animais com listras, bolinhas, penas, peles, penacho e pelos.

 No que se refere às pessoas, Deus fez o mesmo. Ele fez uma infinidade de temperamentos e personalidades, Ele fez dois sexos e nos deu diferentes raças. Nada aconteceu por acaso, tudo faz partiu da mente de um Deus sábio, tudo faz parte de seu plano intencional para a humanidade. Ele deu a cada raça uma particularidade que outras raças não compartilharão até que se curvem em humildade e digam, “você é uma criatura de Deus, e você tem algo a me ensinar”.

 Deus nos dotou de formas diferentes dentro do corpo de Cristo, e Ele fez isto de propósito (Ef 4.16). Seu plano é que busquemos uns aos outros e valorizemos o que os outros têm a oferecer e ensinar. Não chegaremos a lugar algum em nossos relacionamentos até que aprendamos a apreciar a variedade que Deus colocou entre nós propositadamente com o objetivo de nos tornar “membros uns dos outros”.

 Jesus morreu para remover a barreira existente entre nós. Através de seu sacrifício Jesus removeu a inimizade e permitiu relacionar-me com Deus. Agora posso me relacionar com você e você pode se relacionar comigo a despeito das nossas diferenças. Antes estávamos perdidos em nossos pecados, mas através do sacrifício de Cristo alcançamos vida nova.

 Por isso podemos verdadeiramente nos relacionar com Deus mediante a sua graça. Graça é dar a alguém algo que ele ou ela não merece. Do mesmo modo podemos nos relacionar com os outros pela graça. Podemos dar ao próximo algo que ele não merece, baseado no fato de Jesus ter morrido e tirado a inimizade entre nós.

Através da morte e ressurreição de Jesus podemos nos relacionar com Deus e com os outros, você pode se relacionar adequadamente consigo mesmo. Desta forma cumpriremos o propósito maior de Deus para as nossas vidas: Amá-lo e amar o próximo como a nos mesmos.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Algo está errado - Por: Kátia Cleone Neves.


Eu não sei, sinceramente não sei...

Acho que alguma coisa está errada, muito errada!

Será que sou eu que tenho uma versão diferente da Bíblia?

Porque na minha Bíblia eu encontro um Deus PODEROSO.

Transcendente e imanente, SOBERANO sobre tudo e todos.

Um Deus que conhece as estrelas pelo nome...

Que coloca limites às ondas do mar...

Um Deus tão majestoso que eu me calo perplexa diante da sua grandeza.

Contudo, encontro muita gente pregando que Ele é um Deus que recebe ordens, suborno...

Que você pode profetizar, determinar, ordenar...

Um Deus fraco... Quase como um servo, ou um gênio da lâmpada, que vive correndo de um lado para o outro para satisfazer os desejos dos homens.

Um Deus que troca a benção pelo tanto de semente (dinheiro) que você está disposto a plantar.

É semelhante aos deuses da mitologia que você precisava aplacar a ira com oferendas, e então ele mandava bênçãos se de fato o que foi oferecido era bom, agradável.

Esse não é o meu Deus!

Não é o Deus da Bíblia!

Encontro em minha Bíblia homens que foram eleitos por Deus para andar com Ele.

Que não tiveram sua vida por preciosa...

Que sofreram afrontas, perseguições, calunia.

Que foram espancados, serrados, assassinados.

Homens que o mundo não era digno deles!

Que ousaram dizer: O morrer é ganho.

Mas, hoje...

Vimos muitos pregar que você é o filho do Rei, então tem que ser rico, muito bem sucedido, não pode ficar doente, passar por angustias, por dores, sofrimentos.

Deturpam o evangelho de Jesus Cristo.

Só querem as bênçãos, a vida terrena, as coisas efêmeras...

Perderam o foco, esqueceram-se do essencial...

Quando meditamos naqueles heróis da fé...

Que sabiam que ter a Cristo é ter tudo.

Percebemos entristecidos...

Que tem algo errado...

Muito errado com esse evangelho propagado

Que exalta o homem e despreza a cruz.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Deus cuida de você. Por: Kátia Cleone Neves.


Vivemos um tempo em que as pessoas só buscam as bênçãos que Deus pode dar.

Palavras como amor, benção, restituição são comuns em nossos púlpitos.

Não que isso não seja verdade, afinal Deus é amor, a Bíblia fala de bênçãos, Deus deu a Jó o que ele tinha perdido.

Contudo, isso não é tudo. Não podemos fragmentar Deus, não podemos escolher quais dos seus atributos gostamos mais, e ignorar os outro.

Deus é Deus! Ou você o ama e o reconhece como ele se revela na sua palavra, ou você está praticando a idolatria, adorando um deus produzido pela sua mente.


Ouvimos constantemente as pessoas dizerem: Graças a Deus, quando tudo vai bem...

Passou em uma prova difícil – Graças a Deus!

Recebeu uma promoção – Graças a Deus!

O diagnostico deu negativo para câncer – Graças a Deus!

Isso é bom, é correto. Mas, e quando ...

Você reprova?

Não é promovido?

É câncer?

Difícil não é? Contudo, devemos nos lembrar que Deus é soberano, Ele está no controle!

Existem coisas que eu e você podemos fazer para mudar, você pode estudar mais, pode se dedicar mais no serviço, mas, tem coisas que só Deus pode fazer, e quer Ele faça, quer não, Ele é Deus e deve ser adorado e honrado do mesmo modo.

Ou você crê que Ele cuida de você em qualquer circunstancia, ou você precisa conhecer a Deus, precisa ter intimidade com Ele.

Misericórdia e castigo ambos provêm de Deus. Como o mel e o ferrão provêm da abelha, disse Thomas Brooks.

Amor e justiça...

Receberíamos o bem de Deus e não receberíamos o mal? Jó 2. 10.

Não importa o momento que você está atravessando, louve a Deus, Ele está no controle, Ele cuida de você. Não fique se lamentando e perguntando incontáveis vezes, Por quê? Pergunte: Para que Senhor?


Quem é o meu próximo? Por: Kátia Cleone Neves.

Quem é o meu próximo?

Esta foi a pergunta feita pelo doutor da lei a Jesus após ouvir a explanação que visava responder sua pergunta anterior: “Mestre que farei para  herdar a vida eterna?” (Lc 10.25)

Como um bom Mestre Jesus respondeu a pergunta do doutor da lei com outra pergunta: Que está escrito na lei? Como lês?

E ele respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo”

Então Jesus lhe disse, você respondeu bem, faze isso e viverás. Mas ele querendo se justificar, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?

Com esta pergunta o escriba queria que Jesus construísse um muro que limitasse o próximo, que limitasse o amor.

Jesus não respondeu sua pergunta de imediato, antes lhe contou uma parábola, levando-o a analisar seu próprio questionamento.

Havia um homem que descia de Jerusalém para Jericó e que caiu nas mãos dos malfeitores que o deixaram quase morto. E descia pelo mesmo caminho um sacerdote que o vendo passou de largo, de igual forma um levita que também passou de largo, mas, um samaritano vendo-o moveu-se de intima compaixão.

Nós leitores contemporâneos chamamos o herói desta parábola de bom samaritano, mas para os que ouviram essa narrativa dos lábios de Jesus foi um grande choque quando ele pronunciou “mas um samaritano...” Pois os judeus eram inimigos dos samaritanos.

Desde o período da divisão da nação Israelita, em o Reino do Norte com capital em Samária e Reino do sul com a capital em Jerusalém, ocorria uma forte inimizade dos dois lados. Para os judeus, Samária havia se tornado um conglomerado heterogênio devido aos povos de outras áreas que o rei da Assíria trouxe para a cidade, esses povos trouxeram consigo diferentes costumes e tradições e se misturaram aos samaritanos por meio do casamento.

Não era raro ouvir os Judeus orarem agradecendo a Deus por não haverem nascido mulher, escravo ou samaritano. Como acontece no preconceito cultural e social, a inimizade entre judeus e samaritanos não era unilateral.

Posso imaginar os olhos atentos daqueles ouvintes ao irem gradativamente percebendo que o samaritano e não o sacerdote e o levita foi quem se aproximou daquele moribundo para ajudá-lo.

O sacerdote e o levita passaram de largo e o samaritano fez o que um judeu jamais esperaria que ele fizesse.

É importante salientar que tanto o sacerdote como o escriba não fizeram mal ao homem, não foi eles que o roubaram e espancaram, eles eram pessoas de bem, vivendo suas vidas.

Contudo foram reprovados porque poderiam ter feito o bem e não fizeram, estavam ocupados, tinham suas obrigações, seus compromissos, atividades eclesiais que eram importantes, afinal estavam a serviço de Deus.

O samaritano, contudo, parou. Ele não tinha afazeres? Compromissos? Atividades importantes? Com certeza as tinha também, mas, ele vendo-o moveu-se de intima compaixão. A prática da bondade às vezes implica em transtornos e até sacrifícios.

Jesus olhando para o doutor da lei perguntou: Qual destes três te parece que foi o próximo do moribundo?

O doutor da lei respondeu: O que usou de misericórdia com ele.  Ele não disse: O samaritano, ainda era difícil para ele admitir que o herói da história narrada por Jesus era um samaritano e não um judeu.

Quem era o homem que caiu na mão dos salteadores? A Bíblia não relata sua identidade, não sabemos sua nacionalidade, sua posição social, sua religião. E porque isso não ficou registrado? Para que nós não construíssemos muros limitando a quem devemos ajudar.

A lição ensinada por Jesus é muito clara: O próximo é qualquer pessoa necessitada!

Que nós cristãos contemporâneos possamos parar um pouco da nossa correria, seja ela eclesiástica, profissional, acadêmica, etc. E olhar a nossa volta, permitir que nosso coração se mova de intima compaixão.

E pra você, quem é o teu próximo?


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Estamos de passagem - Por Kátia Cleone Neves.


Somos visitantes desde tempo, neste momento.
Somos peregrinos neste lugar...
E é certo que aqui não vamos ficar!

Aqui só estamos de passagem...
Pois, esta não é a nossa cidade.
Aqui não é o nosso lar!

Somos muitas vezes confundidos.
Nosso coração iludido...
Querendo se acomodar.

Então pare por um minuto.
Desta correria, deste mundo.
E escute o que tenho para te falar.

Escute com os ouvidos do coração...
Perceba que toda esta inquietação
É sua alma a sussurrar.

Estou saudosa de casa.
Eu quero ir embora.
Retornar para o meu lar!




terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ídolos Evangélicos - Por Kátia Cleone Neves.

Por todo o decorrer da história percebemos que o ser hu­mano tem a tendência de materializar sua adoração, precisa de algo material para tocar o metafísico, desta forma está sempre em busca de algo palpável com a ideia de que desta forma estará mais perto de Deus. Na sociedade contemporânea estamos vendo uma nova for­ma de imagem, não de escultura ou pintura, mas de carne e osso. Os chamados ídolos que tem arrebanhado multidões de adoradores, eles fabricam uma imagem de si mesmos, e se tornam ícones de toda uma geração. Infelizmente esta prática chegou ao meio cristão! Estamos vendo de forma crescente inúmeros pregadores e cantores evan­gélicos promovendo a si mesmos, estão mais preocupados com a popularidade do que em promover o Reino de Deus. Aceitam a glória que deve ser dada somente ao Senhor.

Em seu tempo o apóstolo Paulo e Barnabé foram idolatra­dos, porém diferente de muitos pregadores atuais recusaram ser adorados.

E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a voz, di­zendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens e desceram até nós. E chamavam Júpiter a Barnabé, e Mercúrio, a Paulo, porque este era o que falava. E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente à cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queria que a multidão sacrificar-lhes. Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes e saltaram para o meio da multidão clamando e dizendo: Varões, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, e o mar, e tudo quanto há ne­les; o qual, nos tempos passados, deixou andar todos os povos em seus próprios caminhos; contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimentos e de alegria o vosso coração. Dizendo isto, com dificuldade impediram que as multidões lhes sacrificassem (BÍBLIA, Atos 14.11-18).

Um dos perigos de se promover a si mesmo e não ao Reino de Deus, é que não é bom ou favorável para a “imagem” do prega­dor anunciar as verdades da Palavra de Deus e falar sobre o pecado, arrependimento ou o inferno. Diante disto, estamos presenciando a crescente propagação de um falso evangelho altamente humanista, que exalta a glória e esquece a cruz.

Nosso mundo em transformação tende cada vez mais a dar va-lor a essa nova forma de idolatria. A tendência é haver menos imagens literalmente gravadas, inseridas em práticas religiosas tradicionais e mais imagens“virtuais”, fabricadas no mundo da publicidade. Mas tanto uma imagem como a outra são feitas pela mão do homem. Tanto uma quanto outra desviam a aten­ção do homem de seu Criador. Tanto uma como outra têm a tendência verdadeiramente assustadora de diminuir a humani­dade e a criatividade daquele que a cultua (PALLISTER, 2005, p. 51).

É importante salientar que Deus abomina qualquer tipo de idolatria, seja ela palpável: de esculturas, ou de carne e osso, seja as intocáveis construídas na mente e no coração. Ezequiel já chamava a atenção para os ídolos dentro do coração (Ez 14.1-11) estes ídolos não são visíveis, mas também contaminam o coração e desviam a adoração do Senhor.
Precisamos voltar ao evangelho, e lembrar que toda a glória pertence somente ao Senhor!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

NATAL - Por: Kátia Cleone Neves.


Natal, uma palavra tão pequena para um significado tão grandioso.

Por alguma razão inexplicável, Deus nós amou; e para por em execução o seu plano de redenção, enviou seu único filho ao planeta Terra.

Os astronautas descrevem nosso planeta como “coeso e redondo, belo e pequeno”, um globo azul, verde e castanho suspenso no espaço. Apenas outro corpo na verdade, cerca de quatro vezes maior que a lua.

Mas Deus via de forma diferente: “Era a coisa mais bela que havia para ser vista em todo o universo”. Ele contemplava a visão do ser humano. Este ser frágil, pecador, afastado de Deus; mas mesmo assim o ser humano que Ele amava, e que criará com suas próprias mãos.

O Deus que veio a Terra, não veio num redemoinho arrasador, nem num fogo devorador. O criador de todas as coisas se encolheu além da imaginação, tanto... tanto... Que se tornou um bebê dentro do útero de uma humilde jovem em Nazaré.

Maria ouviu a voz do anjo, e humilde respondeu: “Eu sou a serva do Senhor, cumpra-se em mim segunda a tua palavra”.

A obra de Deus sempre vem com dois gumes, grande alegria e grande sofrimento, com essa resposta Maria abraçou os dois. Foi a primeira pessoa a abraçar Jesus com todas as condições.

O Deus de glória se esvaziou...

Sua visita a Terra aconteceu num abrigo de animais, sem assessores presentes e sem lugar para deitar o Rei recém-nascido além de um cocho. De fato, o acontecimento que dividiu a história, e até mesmo nossos calendários em duas partes, talvez tenha tido mais testemunhas animais do que humanas.

Precisamos compreender o segredo do natal, esta deve ser a pedra de toque da nossa fé. Como cristãos, vivemos em mundos paralelos. Um mundo consiste em montanhas, lagos, celeiros, políticos e pastores guardando seus rebanhos à noite. O outro consiste em anjos e forças sinistras e, em algum ponto lá fora, lugares que se chamam céu e inferno.

Em uma noite fria, escura, entre as enrugadas montanhas de Belém, aqueles dois mundos se juntaram em um ponto impressionante de interseção.

Deus entrou no tempo! Deus que não conhece fronteiras assumiu as limitações chocantes da pele de um bebê, as restrições sinistras da mortalidade.

“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” certo apóstolo escreveu mais tarde, “Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele”.

Mas... As poucas testemunhas oculares da noite de natal não viram nada disso, viram uma criancinha lutando para usar os pulmões novos em folha.

A história de Belém é uma história diferente de todas as outras.

O nosso planeta foi visitado, não é de admirar que um coro de anjos explodisse num maravilhoso hino espontâneo, perturbando não apenas alguns poucos pastores, mas todo o universo.

Hoje enquanto você celebra o natal pense nisso.

Isso é grandioso.

Pois é Natal todos os dias em que Cristo nasce em um coração e transforma uma vida.


Feliz Natal!



Kátia Cleone Neves Machado. Com base nas leituras do livro: O Jesus que eu nunca conheci – Phillp Yancey.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Deus tem projetos, nós sonhos!


Fui criada em um lar cristão, e desde bem pequena tive este contato maravilhoso com a Bíblia, o Livro dos Livros. Como aluna assídua da Escola Bíblica Dominical, aprendi todas as lindas histórias narradas neste livro.
 
Deste momento em diante passei a amar a Bíblia, pois ela se mostrou pra mim, simples e profunda, misteriosa e real, com relatos passados que tem aplicação presente e consequências futuras.
 
Sempre sonhei em ser escritora, pois os livros sempre tiveram uma influencia sobre mim, sou fascinada pelos conhecimentos, pelas riquezas encontradas na junção das palavras...
 
Mas... Nenhum livro pode ser comparado a Bíblia! Pois ela é viva, sempre atual.
Na verdade, não somos nós que a lemos, é ela quem nos lê!
 
Através das letras, palavras, frases, textos... Conheci um Deus Soberano que está no controle de todos os acontecimentos. Como bem descreveu Jó "Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus pensamentos pode ser impedidos"  42.2.
 
Hoje parando para fazer essa reflexão posso perceber como Deus sempre esteve no controle, cuidando, dirigindo...
 
Escrevo para agradecer.
A Deus pelos seus projetos...
Que guiaram meus sonhos...
Meu primeiro livro foi publicado, e eu sei que é uma maravilhosa dádiva ofertada por Deus a mim.
 
"Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” Rm 11. 36